Fotos: ASCOM CRM-PI – Márcia Cristina S. Rocha

 

 

Há mais de uma semana, médicos ginecologistas e obstetras e neonatologistas que atuam nas quatro maternidades vinculadas ao município de Teresina estiveram na sede do Conselho Regional de Medicina do Piauí – CRM-PI, para relatar uma série de dificuldades e problemas que enfrentam no dia a dia. Após registradas as solicitações dos médicos, a diretoria do CRM-PI solicitou uma reunião conjunta com os médicos e o presidente da Fundação Municipal de Saúde – FMS, Dr. Gilberto Albuquerque, que aconteceu nesta terça-feira (22), no auditório do CRM-PI, com a presença do presidente, Dr. Dagoberto Barros da Silveira, da Corregedoria e do Departamento de Fiscalização do CRM-PI. Gilberto Albuquerque reconheceu a existência de muitos problemas e prometeu soluções para o que for possível.

Entre os principais problemas relatados estão a falta de médicos completando as escalas, falta de concurso público, falta de equipamentos nos centros cirúrgicos, falta de alguns EPIs, falta de ultrassonografista, equiparação de valores nos plantões entre médicos concursados e plantonistas extras, falta de equipamentos e insumos nas UTIns e UCINCos, falta carrinhos de parada completamente equipados com cardioversor, bombas de infusão, falta de aparelhos de fototerapias, falta de gasômetro para UTIn do CIAMCA, falta de rotina de coleta e processamento para exames laboratoriais urgentes, solicitação de criação de uma agência transfusional de sangue para agilizar as transfusões solicitadas,  criação de protocolo ou equipe específica de transporte para pacientes graves a serem transportados na rede municipal, entre outros.

O presidente da FMS ouviu cada uma das solicitações e afirmou que um concurso público está sendo preparado, mas não há uma data para concretização e que os seletivos são uma maneira de contratação mais rápida de profissionais da saúde em Teresina. Além disso, ele afirmou que a falta de médicos tem muito a ver com a reorganização da rede, evitando que haja equipes de menos ou de mais. Ele chegou a afirmar que o número de médicos era baseado em procedimentos como partos, mas o CRM-PI lembrou que com a maior maternidade do Piauí, a Evangelina Rosa, atendendo no sistema de portas fechadas, houve uma sobrecarga nas maternidades do município e que a contratação de mais neonatologistas, obstetras e ginecologistas é necessário, sobretudo com as possíveis falhas da rede de atenção básica, uma vez que várias gestantes procuram as maternidades para realizarem seus pré-natais, o que é trabalho da atenção básica.

“Vamos avaliar essa solicitação e ver os problemas relatados na Atenção Básica para que façam seu. Já está sendo concluído um estudo da estrutura de toda a rede de saúde e até o dia 15 de março vamos apresentar um plano de melhoria. Quanto às falhas de transporte e demora para remover grávidas de alto risco e recém-nascidos, vamos avaliar o problema para buscar resolver a demanda”, disse.

Quanto à equiparação de valores pagos aos plantonistas, Albuquerque afirmou que depende de aporte financeiro e estudo, mas que, por enquanto, não apresentou nenhuma possibilidade de mudança para o caso. Ele também afirmou que está sendo feito um levantamento sobre a falta de equipamentos para centros cirúrgicos e para melhoria das UCINCOs, mas não apresentou data para resolução. E quanto a contratação de ultrassonografista 24 horas nas maternidades, não há recurso para tal, mas prometeu, pelo menos, ver formas de agilizar o transporte para reduzir o tempo de entrega dos resultados.

O presidente do CRM-PI, que coordenou a reunião, informou que as falhas apontadas nas maternidades do município devem ter resolutividade por parte da Prefeitura Municipal de Teresina e pela FMS, pois é notório que se continuarem os problemas apontados, mães e  recém-nascidos ficam expostos a riscos, inclusive de morte. Por isso, o CRM-PI vai acompanhar se as melhorias estão sendo feitas e dará prazo para o cumprimento.

ASCOM CRM-PI

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