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Conselho Regional de Medicina

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O Conselho Regional de Medicina do Estado do Piauí (CRM-PI), pela primeira vez em sua história, realizou um mapeamento completo em todas as Unidades Básicas de Saúde de Saúde (UBS) de Teresina, totalizando 91 UBS fiscalizadas presencialmente, no período de 20 de março a 31 de outubro de 2024.

O trabalho mostrou que muito precisa ser melhorado nesses estabelecimentos de saúde da capital e também maior cidade do Estado, onde residem mais de 800 mil pessoas. As fiscalizações contaram com a presença dos conselheiros do CRM-PI. Irregularidades foram constatadas em pelo menos um ou em vários itens da pesquisa, sejam elas estrutura física, presença de medicamentos essenciais, equipamentos e insumos, vacinas, entre outros.

Em todas as UBS fiscalizadas, haviam falta de medicamentos essenciais que são fornecidos à população, sejam hipoglicemiantes, antibióticos, antiparasitários e anti-hipertensivos. Isso só mostra o retrato que vem sendo amplamente divulgado sobre a crise na saúde municipal e que pôde ser constatado pelas fiscalizações do CRM-PI.

Cada UBS pode abrigar em suas dependências mais de uma equipe de Estratégia Saúde da Família (ESF), ampliando assim sua área de cobertura populacional. Em 29 relatórios, havia a informação de quantas equipes ESF atendiam em cada UBS, chegando a uma média de 2,28 ESF por cada UBS. Ou seja, das 91 UBS, apenas 29 possui mais de uma equipe, a qual deve contar com médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e agente comunitário de saúde.

Em 55 UBS, ou seja, em mais da metade, foi constatado algum tipo de problema na estrutura, como rachaduras, infiltrações, mofos, afundamento de piso, problemas hidráulicos ou de esgoto, entre outros. E em 53 UBS, havia um ou mais equipamentos quebrados ou com defeitos, sejam ar-condicionado, bebedouro, cadeira, banheiro.

Das 91 UBS, em 32 havia falta de algum tipo de insumo, como gaze, algodão, luva, entre outros. Apenas três (03) UBS não possuíam cadastro junto ao CRM-PI. Os relatórios foram encaminhados para órgãos competentes, como a Fundação Municipal de Saúde de Teresina (FMS) e Ministério Público do Piauí.

O CRM-PI reitera o pedido de que as providências sejam tomadas para que a população não fique prejudicada, uma vez que as UBS estão na linha de frente para a promoção e prevenção de agravos de saúde do cidadão. Espera-se também que o relatório possa trazer soluções quanto à falta de estrutura, de medicamentos e de insumos, de forma que os médicos e demais profissionais de saúde possam trabalhar em condições mais dignas.
O CRM-PI reforça que tem trabalhado incansavelmente para que seja oferecida uma medicina de qualidade e resolutiva a toda Sociedade Piauiense.

Por Márcia Cristina S. Rocha
ASCOM CRM-PI
(86) 3216-6119

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