Janeiro é mês também de alertar para a hanseníase, doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen, tendo sido identificada no ano de 1873 pelo cientista Armauer Hansen. Como é uma doença marcada por preconceitos e até estigma, foi criada a Campanha Janeiro Roxo, que visa chamar a atenção para o tema, conscientizar e esclarecer à população sobre sintomas, prevenção e tratamento.
Atualmente, os países com maior detecção de casos são os menos desenvolvidos ou com superpopulação e o Brasil ocupa a segunda colocação no ranking de mais casos diagnosticados, atrás apenas da Índia. Em 2022, o Ministério da Saúde registrou no Brasil mais de 19.000 casos novos da doença.
A doença pode causar incapacidades físicas, principalmente nas mãos, pés e olhos.
Entre os principais sintomas estão, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia: manchas mais claras, vermelhas ou mais escuras. Redução da sensibilidade no local associado à perda de pelos e de transpiração. Quando o nervo de uma área é afetado, surgem dormência, fraqueza muscular e retrações (garra) dos dedos, com desenvolvimento de problemas físicos.
O Ministério da Saúde alerta que quanto mais cedo diagnosticar a hanseníase, mais cedo a pessoa poderá ser tratada, e assim evitar sequelas. A doença tem cura e o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente do diagnóstico ao tratamento. O diagnóstico e o tratamento da hanseníase ocorrem nas Unidades de Saúde da Atenção Primária. O diagnóstico é essencialmente clínico, com análise da história do paciente e exame dermatoneurológico (da pele e dos nervos), para avaliação de áreas da pele e/ou manchas com alterações de sensibilidade (ao toque, à dor e à temperatura).
O CRM-PI também apoia essa ideia e até o final deste mês sua sede estará iluminada de roxo à noite.
ASCOM CRM-PI
Fontes: Governo Federal e SBD