Membros do Fórum de Saúde se comprometem em ampliar fluxo de diagnósticos e seguimento de pacientes com câncer

Em mais uma reunião mensal do Fórum Interinstitucional Permanente em Saúde Pública do Estado do Piauí, realizada no Plenário do Conselho Regional de Medicina do Estado do Piauí – CRM-PI, um assunto importante trouxe discussões e encaminhamentos: a carência de diagnósticos para detecção de câncer em pacientes da rede pública de saúde e seguimento do tratamento, que inclui quimioterapia e radioterapia. A reunião realizada na tarde desta quinta-feira (10) teve representantes de várias instituições e a pauta foi proposta pelo coordenador geral da UTI do Hospital Getúlio Vargas – HGV e presidente da Sociedade de Terapia Intensiva do Estado do Piauí – SOTIPI, médico Jaílson Matos.

A reunião contou com representantes dos hospitais habilitados no Piauí para realizar o tratamento de pacientes com câncer, entre eles o Hospital São Marcos, que é filantrópico, e o Hospital Universitário – HU-UFPI. Também participaram a presidente do CRM-PI e presidente do Fórum, Drª Mírian Palha Dias Parente, o vice-presidente do CRM-PI, Dagoberto Barros da Silveira, representantes da Secretaria Estadual de Saúde – Sesapi, representada pelo superintendente de Saúde do Piauí, médico Alderico Tavares, e pela coordenadora da Central de Regulação de Internações Hospitalares do Estado do Piauí, Socorro Guimarães, o defensor público federal no Piauí, Benoni Moreira, a promotora de justiça, Carla Carvalho, o juiz auxiliar da presidência do Tribunal de Justiça do Piauí, Antonio Oliveira, o defensor público do Estado Rogério Newton, o diretor técnico do Hospital São Marcos, médico Jefferson Campelo, a diretora administrativa do HU, Maria Rachel de Castro, além de representantes de Comissão de Saúde da OAB Piauí e da chefia de Oncologia do HU.

Segundo o Dr. Jaílson, a sugestão das discussões foi baseada na dificuldade encontrada em regular os pacientes diagnosticados com doença oncológica atendidos no HGV. “Alguns casos, pacientes aguardando mais de 12 semanas para iniciarem o protocolo terapêutico. Alguns evoluíram para óbito na UTI, sem sequer terem iniciado o tratamento específico”, afirmou. Após muitas falas com informações e esclarecimentos dos presentes, foi definido que é preciso reduzir urgentemente as falhas no sistema público de saúde, que vêm dificultando o acesso da população ao diagnóstico, mais precisamente o exame de biópsia, e seguimento do tratamento, uma vez que essa falha contradiz o que determina a Lei dos 60 Dias (Lei 12.732/12), a qual garante o direito de qualquer pessoa de ser submetida ao primeiro tratamento no SUS, no prazo de até 60 dias contados a partir do dia em que for assinado o diagnóstico em laudo patológico.

Entre os encaminhamentos dos presentes, ficou definida a criação de uma ‘força-tarefa’ nos hospitais da rede pública que realizam tratamento para o câncer, bem como o Estado melhorar o fluxo com maior prioridade para pacientes com suspeitas de câncer para terem acesso rápido no diagnóstico e tratamento específico. Além disso, uma nova reunião ficou marcada para acontecer na próxima terça-feira (15), às 15 horas, com a presença do CRM-PI, órgão que preside o Fórum, e representantes da Regulação do Estado e do município de Teresina, Sesapi, HU e Hospital São Marcos, com o objetivo de criar estratégias para melhorar e ampliar formas da população ter o pronto atendimento e encaminhada para a realização dos exames oncológicos necessários.

Fonte: CRM-PI

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