A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) está promovendo neste mês a campanha Janeiro Roxo, que visa conscientizar a população contra o estigma e o preconceito vinculados à hanseníase. A cor roxa sinaliza a criatividade e o aprofundamento sobre o estudo das questões e simboliza a luta contra uma causa sem amarras e sem preconceitos, sendo, portanto, o lema da campanha, um mês de combate ao preconceito contra a hanseníase.

A Hanseníase é uma doença infectocontagiosa, que afeta principalmente a pele e os nervos e é causada pela bactéria Mycobacterium leprae. O tratamento é gratuito e realizado nas unidades de saúde do SUS. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) considera preocupante o quadro da hanseníase no Brasil. Segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde sobre hanseníase, em 2019, antes da pandemia de covid-19, foram notificados 27.864 novos casos no país, o equivalente a 93% de todos os registros da região das Américas e a 13,7% dos números globais do ano.

Em 2020, foram informados à Organização Mundial da Saúde (OMS) mais 127.396 casos, dos quais 19.195 (15,1%) ocorreram na região das Américas, sendo 17.979 notificados no Brasil, ou seja, 93,6% do número de casos novos das Américas. Brasil, Índia e Indonésia reportaram mais de 10 mil casos novos, correspondendo a 74% das notificações feitas em 2020. Em número de casos de hanseníase, o Brasil é o segundo no mundo, atrás apenas da Índia.

O boletim epidemiológico publicado sobre a doença, com dados referentes a 2021, informa que o Brasil diagnosticou 15.155 casos novos de hanseníase.  A pandemia prejudicou a procura de tratamento, segundo médicos. A preocupação da SBD é orientar a população, dar acesso ao tratamento, fazer com que as pessoas conheçam os sintomas e se curem, antes de ocorrerem danos maiores, quando a doença alcança os nervos e prejudica os movimentos.

Sequelas

Se diagnosticada tardiamente, a doença pode trazer sequelas, como perda de movimento e deformidades. Mas, se for tratada logo no início, com o aparecimento de uma pequena mancha ou alteração da sensibilidade, a doença tem cura. Antigamente a pessoa com hanseníase era isolada, mas atualmente com o tratamento, isso não é necessário, pois deixará de transmitir, embora os cuidados devam existir.

A SBD, que se dirige ainda a outros profissionais da área de saúde, principalmente os médicos de família, que ficam mais próximos da saúde pública da comunidade, destacou que seu site traz orientações, esclarece mitos e verdades sobre a hanseníase, além de responder a perguntas e dar mais informações à população.

Fonte EBC
CRM-PI

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