CRM-PI, HU, HGV, HUT e centrais de Regulação do Estado e de Teresina criam estratégias para aumentar o número de biopsias na rede pública

Conforme decisão extraída na última reunião do Fórum Interinstitucional Permanente de Saúde do Estado do Piauí, ocorrido no dia 10 de maio, uma nova reunião foi realizada na última terça-feira (15), na sede do Conselho Regional de Medicina do Piauí – CRM-PI, para definir estratégias claras para melhorar e ampliar o diagnóstico para pacientes com suspeitas de câncer. Essa reunião foi motivada pela percepção da dificuldade de pacientes que procuram a rede pública de saúde encontrarem dificuldades para a realização de biópsias quando há suspeita para vários tipos de câncer. Portanto, estiveram reunidos representantes das duas centrais de Regulação para exames e cirurgias do Estado e do município de Teresina, do Hospital Universitário (HU-UFPI), do Hospital Getúlio Vargas (HGV), do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) e do São Marcos, este que não se fez presente.

Entre as ações definidas na reunião para serem executadas a curto e médio prazo a estão a criação de uma comissão formada e coordenada pelas centrais de regulação de marcação de exames e cirurgias do Estado e do município de Teresina, com o apoio técnico do CRM-PI, para a criação de um protocolo unificado a ser distribuído em toda rede de saúde pública do Piauí, orientando os profissionais de saúde a maneira correta de proceder em casos de pacientes com suspeitas de algum tipo de câncer e que precisem com urgência do diagnóstico e, posteriormente, do tratamento.

A segunda ação é a criação de um projeto e cronograma de cursos de treinamento em cuidados paliativos para equipes de saúde de hospitais do município de Teresina, além dos hospitais regionais do Estado, o que inclui os hospitais do interior. O projeto e os cursos serão coordenados pela Sesapi e pela chefia do setor de Oncologia do HU-UFPI. O intuito, segundo a presidente do Fórum e presidente do CRM-PI, Drª Mírian Palha Dias Parente, é a melhor compreensão sobre cuidados com pacientes graves terminais e assistência aos familiares, pacientes que já não respondem mais aos tratamentos disponíveis, incluindo pacientes graves com câncer. “É notório que se não houver treinamento na rede de atenção básica à saúde, como forma de melhorar a resolutividade para determinados tratamentos, a rede de alta complexidade sempre estará sobrecarregada”, disse a Drª Mírian.

A terceira diretriz definida é relativa a médicos plantonistas do HU-UFPI que ficarão responsáveis por responderem os pareceres de pacientes oncológicos que estão internados no HGV, mas que precisam realizar sessões de quimioterapia e/ou radioterapia, as quais só podem ser feitas no próprio HU-UFPI. Dessa forma, evitaria superlotação no próprio hospital universitário e os pacientes do HGV não ficariam sem o tratamento especializado.

Segundo dados da Central de Regulação do município de Teresina, coordenada pela Fundação Municipal de Saúde, existe uma fila de espera para exames de biópsia para as seguintes especialidades: 11 para mama, 63 para próstata e 371 para tireoide. Portanto, outro direcionamento entre os presentes é que os profissionais que atuam na rede básica de saúde orientem os pacientes, quando necessário, para realizarem com maior rapidez as biopsias ambulatoriais na rede de saúde, não necessariamente nos únicos hospitais especializados no tratamento de câncer, uma forma de desafogar o sistema e não prejudicar o tratamento dos pacientes.

Fonte: CRM-PI
ASCOM CRM-PI Márcia Cristina Rocha

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