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Conselho Regional de Medicina

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O Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM-PI) fez uma série de fiscalizações recentes em unidades de saúde do sul do Estado. Foram hospitais estaduais, municipais e Unidades Mistas de Saúde de sete municípios: Guadalupe, Jerumenha, Itaueira, Canto do Buriti, Bom Jesus, Curimatá e Corrente. Na maioria, foram constatadas irregularidades. As fiscalizações contaram com a presença do conselheiro Dr. Luís Carlos Carvalho Filho e acontecem desde o último mês de abril.

No município de Jerumenha, a 317 km de Teresina, o Departamento de Fiscalização foi até o Hospital Aldemar Rocha, que é uma Unidade Mista de Saúde, sem registro junto ao Conselho. Lá, a estrutura é precária, com carência de material para receber pacientes graves ou até mesmo para estabilização destes. Há falta de material para transporte básico de pacientes até hospitais de cidades próximas, como Floriano. Foi relatado que a Unidade está passando por uma reforma, a fim de receber o SAMU, com previsão de término para final de julho deste ano, além de estar adquirindo materiais para organizar um carrinho de emergência, pois, obviamente, não havia no momento da vistoria, o que impede médico e outros profissionais de agirem em caso de urgência e salvar vidas.

No Hospital Local de Guadalupe Pedrina Silveira, que fica a 349 km de Teresina, são feitos apenas atendimentos de clínica médica e não há procedimentos cirúrgicos de forma geral; os casos mais graves ou que apenas necessitam de médicos especialistas são encaminhados para outros hospitais, geralmente o Tibério Nunes, em Floriano, ou para Teresina. Há, ainda, atendimento pós-operatório de procedimentos feitos no Hospital Tibério Nunes. Não há classificação de risco e nem triagem.

No município de Itaueira, a 344 km de Teresina, a vistoria foi realizada no Hospital Municipal Daniel Carlos de Andrade, que não possui cadastro junto ao CRM-PI e nem alvará do Corpo de Bombeiros exposto em parede. Lá, existe centro cirúrgico, mas são feitos, apenas, partos de baixo risco e pequenos procedimentos, entre eles extração de lipoma, extração simples de sinais, suturas, retiradas de unhas, entre outros. Casos mais graves, são encaminhados para Floriano, por exemplo. A escala de plantões médicos contava com seis médicos e não foi verificada falta de medicamentos no momento da vistoria e nem problemas estruturais graves.

No município de Canto do Buriti, a 407 km de Teresina, foi fiscalizado o Hospital Estadual Domingos Chaves onde se verificou que a unidade se encontra organizada, com boa infraestrutura, adequadas condições de higiene e escala médica completa, com dois médicos plantonistas, de segunda a sexta-feira, e três médicos nos finais de semana.

Em Bom Jesus, a 590 km de Teresina, o CRM-PI esteve no Hospital Regional Manoel de Sousa Santos que passou por uma mudança de gestão recentemente, passando a ser administrado pela OS Beneficência Hospitalar de Cesário Lange – BHCL. O hospital funciona como “porta fechada”, de modo a receber os atendimentos de urgência encaminhados pela UPA do município. Somado a isso, o corpo clínico é composto por, aproximadamente, 60 médicos, mas não tem comissão de ética. Há infiltrações e rachaduras na estrutura e, via de regra, lotação de pacientes. Foi verificada ainda que a estrutura de UTI do hospital é bastante organizada e possui o material necessário para prover ao paciente um atendimento de qualidade.

No município de Curimatá, a 745 km de Teresina, a vistoria foi feita no Hospital Estadual Júlio Borges de Macêdo. O hospital é classificado como de porte 1 e conta com 38 leitos. Lá, não são feitas cirurgias mais complexas e na falta de obstetra ou de anestesista até os partos são encaminhados para a referência, geralmente em Bom Jesus. Há um médico por plantão, sendo este responsável pelo atendimento de urgência, emergência e visita aos leitos, o que demonstra sobrecarga de trabalho e um risco para a assistência de qualidade. Foi relatada que a falta de médicos ocorre por falta de recurso financeiro. Na parte estrutural, o hospital apresenta boas condições de higiene, sem problemas mais aparentes em paredes, teto e nas enfermarias.

No município de Corrente, a 842 ao extremo sul do Piauí, a fiscalização do CRM-PI constatou irregularidades, como enfermarias com estrutura precária, sem conforto térmico, lençóis e batas para os pacientes internados sem a devida higienização  e cadeiras rasgadas ou cobertas por sacos plásticos, para os acompanhantes dos pacientes. O hospital está em falta medicações básicas, como dipirona injetável e outros antibióticos, e falta de sistematização de distribuição das medicações. O estabelecimento passa por uma reforma, que está prevista para término em julho deste ano e, segundo a direção do hospital, com a reforma, a promessa de melhorias estruturais.

ASCOM CRM-PI
(86) 3216-6119

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