Coordenações de Saúde da Mulher e da criança/adolescente da SESAPI pedem apoio ao CRM-PI sobre redução de mortalidades
Funcionárias da Secretaria Estadual de Saúde- SESAPI, que compõem a Coordenação de Saúde da Mulher e a Coordenação de Atenção à Saúde da Criança e Adolescente, apresentaram aos diretores do Conselho Regional de Medicina do Piauí – CRM-PI o Plano Estadual de Redução da Mortalidade Materna e da Infância, um relatório concluído recentemente e que apresenta estatísticas de mortes maternas e de crianças de 0 a 5 anos no Piauí. O objetivo da visita foi apresentar os números e solicitar um apoio mais voltado para o assunto em questão no sentido de qualificação dos recursos humanos do pessoal na área da saúde, de forma a contribuir para a redução de mortes.
Segundo a Coordenação de Saúde da Mulher, é considerada morte materna de uma mulher quando o óbito ocorre durante a gestação e até 42 dias após o término da gestação e é também considerada uma das mais graves violações dos direitos humanos da mulher, pois pode ser uma tragédia evitável em mais de 90% dos casos. No Brasil em 2014, a Razão de Morte Materna – RMM foi de 58,4 para cada 100 mil nascidos vivos, considerada alarmante pela OMS. No Nordeste no mesmo ano, a RMM esta em 71,3/100.000 e no Piauí no mesmo período a RMM foi de 67,2/100.00 nascidos vivos. As causas são obstétricas diretas, com destaque para as doenças hipertensivas e as síndromes hemorrágicas. A vigilância constante dos órgãos públicos de saúde devem ser uma das maneiras para conter o problema.
Já a mortalidade infantil e fetal é outro assunto grave de saúde pública e sua redução consiste na melhoria das políticas de saúde e nas melhorias de condições de vida da população, segundo o relatório da Coordenação de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente. Embora tenha havia uma queda na taxa de mortalidade, ela é bastante lenta desde 2010. Para se ter uma ideia, a Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) na região Nordeste em 2010 era de 15,7 para cada 100 mil nascidos vivos. Em 2018, com dados sujeitos a revisão, a taxa ainda é de 13,4 para cada 100 mil NV. No Piauí, a taxa ainda é de 14,2 mortes para cada 100 mil NV. Em 2010, segundo o relatório, foram registrados 833 óbitos de TMI; em 2018 pouca coisa mudou, pois o registro de 735 mortes infantis. Dos 755 óbitos infantis que ocorreram em 2017, por exemplo,498 (66%) são considerados evitáveis.
O CRM-PI se propôs a apoiar ainda mais esse trabalho de redução de mortes materna e infantil no Estado e é o que vem fazendo constantemente, quando fiscaliza e notifica as instituições de saúde e até médicos que atuam contrariando os preceitos da lei e do Código de Ética Médica e também quando realiza cursos gratuitos voltados para médicos inscritos neste Conselho. A reunião contou com a presença da presidente, Drª Mírian Palha Dias Parente, do secretário geral, João Araújo Moura Fé, do corregedor Dagoberto Barros da Silveira e dos conselheiros Raimundo Nogueira de Sá Filho e Antônio de Deus Filho.
Fonte: CRM-PI
ASCOM
