Após ações do CRM-PI alertando sobre os
riscos do não atendimento a pacientes, o Centro Integrado Lineu Araújo reabrirá

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O Conselho Regional de Medicina do Piauí – CRM-PI vem reunindo grupos de trabalho de conselheiros que fazem parte das Câmaras Técnicas de várias especialidades médicas deste Conselho, este preocupado com a situação dos pacientes portadores de enfermidades crônicas e também com os pacientes que tão somente procuram a rede pública de saúde para cuidados preventivos, por meio de consultas, exames e devidos diagnósticos. Com a pandemia de COVID-19, os atendimentos ambulatoriais na capital Teresina foram paralisados desde o último mês de março. Após pedidos de reaberturas por meio de reuniões, ofícios e até audiências públicas virtuais, o CRM-PI tomou conhecimento de que o Centro Integrado de Saúde Lineu Araújo – CISLA deverá reabrir para atendimento de todas as especialidades médicas na próxima segunda-feira (10.08), com capacidade reduzida e seguindo as recomendações sanitárias.

A presidente do CRM-PI, Drª Mírian Palha Dias Parente, informou que o retorno dos atendimentos dos ambulatórios públicos na capital, bem como nos demais municípios, representa uma extrema necessidade para a população, pois “as consequências deverão ser graves em um futuro próximo, com muito mais pacientes com enfermidades graves e riscos iminentes de mortes por falta de acesso a diagnósticos preventivos e tratamento adequado. É preciso que todos os ambulatórios voltem a funcionar, obviamente observando as medidas sanitárias já protocoladas”.

Entre as principais doenças que tiveram a interrupção do acompanhamento ambulatorial pela rede em Teresina estão: pacientes que necessitam fazer prevenção de câncer, doenças cardíacas, diabetes, doenças transmissíveis, como tuberculose e hanseníase.

Com mais de quatro meses sem funcionamento, o CRM-PI fez vários alertas e solicitações para que esses serviços na rede municipal na capital voltassem a funcionar, com um protocolo de segurança detalhado voltado aos profissionais de saúde e à população. No dia 10 de junho, após um estudo de um grupo de trabalho interno, o CRM-PI publicou as “Diretrizes para o retorno das atividades de saúde do Estado”, um documento que foi encaminhado para instituições de saúde, aos órgãos de fiscalização e demais poderes públicos. Mesmo com um parecer elaborado por especialistas médicos, os ambulatórios continuam inativos.

Segundo a conselheira do CRM-PI, Drª Ana Cláudia Louçana, devido ao não atendimento ambulatorial, justificado pela transmissibilidade do novo coronavírus, existe uma demanda reprimida de diagnósticos de neoplasias, pois como os pacientes não estão tendo o atendimento preventivo e nem o tratamento adequado, o diagnóstico tardio terá como consequência o possível agravamento do quadro de doenças graves.

“A assistência à saúde da população precisa retornar na sua totalidade, excetuando as cirurgias eletivas de patologias não tempo sensíveis, enquanto não houver a normalização do abastecimento de medicamentos nos Centros Cirúrgicos e UTIs. A população precisa dar continuidade às rotinas de prevenção e diagnóstico precoce de neoplasias e enfermidades. Existe um acúmulo de peças cirúrgicas e de biópsias, necessitando de avaliação anatomopatológica. Se os ambulatórios não retornarem, haverá um impacto financeiro no sistema por causa de doenças que necessitarão de tratamentos de alta complexidade; além disso, pacientes com enfermidades são mais vulneráveis às formas graves da Covid e, por fim, haverá um aumento dos índices de mortalidade”, alertou a Drª Ana Cláudia Louçana.


CRM-PI

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Conselheira Ana Cláudia Louçana em entrevista ao Jornal do Piauí
(TV Cidade Verde) falando sobre a importância do retorno ao
atendimento à população

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