A campanha Julho Amarelo traz o alerta para o mês de luta contra as hepatites virais, que são inflamações no fígado provocadas por diversos vírus. No Brasil, os tipos mais prevalentes são A, B e C. Também presentes são o vírus da hepatite D, mais frequentemente encontrado na região Norte do país, e o vírus da hepatite E, cuja incidência é menor no Brasil, sendo mais comum na África e na Ásia.

O Ministério da Saúde estima que, no período de 2000 a 2023, foram notificados mais de 785 mil casos de hepatites virais no Brasil. Por se tratar de uma doença silenciosa, às vezes assintomática por muitos anos, as hepatites levam a quadros graves de difícil tratamento como a cirrose hepática e o câncer de fígado.

O tratamento da hepatite A se resume a repouso e cuidados com a dieta do paciente. Já a hepatite C, a intervenção terapêutica é feita com os chamados antivirais de ação direta (DAA), geralmente por 8 ou 12 semanas, apresentando taxas de cura de mais de 95%. A hepatite B não possui cura, mas seu tratamento com medicamentos específicos tem por objetivo reduzir o risco de progressão da doença e complicações.

Sintomas

Os sintomas podem se manifestar por meio do cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Atualmente, existem testes rápidos para detecção da infecção pelos vírus B ou C, que estão disponíveis no SUS. Todas as pessoas precisam ser testadas pelo menos uma vez na vida para esses tipos de hepatite. Populações mais vulneráveis precisam ser testadas periodicamente.

A vacina também está disponível para algumas populações especiais em adultos, como pessoas vivendo com HIV (PVHA), pessoas portadoras de doenças hepáticas crônicas e outras situações de imunossupressão. Já a prevenção das hepatites B e C passa por evitar o contato com o sangue contaminado. Portanto, recomenda-se a utilização de preservativos nas relações sexuais, sempre exigir materiais esterilizados ou descartáveis e não compartilhar itens, equipamentos ou utensílios de uso pessoal. A hepatite B também pode ser prevenida por meio da imunização, e apenas a do tipo C não possui vacina.

O diagnóstico e o tratamento das hepatites virais são assegurados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os medicamentos são administrados por via oral, com prescrição especializada. Os diagnósticos são feitos por testes rápidos, sorológicos, e a infecção é confirmada por exames de biologia molecular. Fazer testes com frequência é fundamental para identificação precoce e intervenção eficaz.

Com informações do MS

CRM-PI

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