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Os conselheiros do CRM-PI concluíram no final de 2024 fiscalizações em todos os hospitais estaduais dos municípios do Piauí, totalizando 22 unidades geridas pelo Governo do Estado, sem citar os hospitais da capital Teresina, que também foram todos vistoriados. Na maioria, haviam irregularidades, pontuais e ou mais graves, as quais, por meio de relatórios técnicos, já foram encaminhadas aos diretores desses hospitais, também para o Governo estadual, via Sesapi, e ao Ministério Público (MPPI).

Vamos publicar aqui no nosso site e nas nossas redes sociais um pouco do que foi encontrado em cada uma dessas fiscalizações no decorrer dos próximos dias, começando nesta publicação com as vistorias dos hospitais estaduais nos municípios de Campo Maior, Barras, São Miguel do Tapuio e Demerval Lobão.

Em meados do mês de setembro, o CRM-PI fiscalizou o Hospital Regional de Campo Maior, que atualmente é gerido pela OS Chavantes. Entre os principais pontos da vistoria, muitas irregularidades, principalmente na parte estrutural, pois foi constatada precariedade em todo prédio, como mofo e pintura descascando em algumas paredes de área comum, enfermarias, janelas e salas de atendimento e em parte do teto; cerâmica quebrada e afundada, gerando infiltração em banheiro de enfermaria e corredor. Banheiro de enfermaria com caixa de água estragada, e extremo mal cheiro de esgoto por todo hospital. Alvará bombeiros com prazo de validade expirado. E falta de EPIs. Não havia falta de profissionais nos plantões e a farmácia cumprindo todos os protocolos, sem falta de medicamentos.

No final do mês de setembro, a fiscalização foi realizada no Hospital Regional Leônidas Melo, no município de Barras, gerido pela Sesapi. As condições estruturais encontradas eram precárias, o que demonstra falta de atenção do Governo para com a unidade. Um dos maiores problema é na parte elétrica, sem manutenção, o que sobrecarrega os aparelhos, como refrigeradores de ar. A unidade não está registrada no CRM e toda a estrutura física é antiga e precária, com incidência de mofo, infiltração e pinturas mal acabadas, apresentando rachaduras. Porta antigas e algumas quebradas, cerâmicas quebradas, extintores vencidos. Os banheiros precários, com cerâmicas velhas e quebradas e com alguns vazamentos, o que demanda urgente reforma. As escalas médicas funcionando, mas sem descrição de RQE.

No Hospital Estadual José Furtado de Mendonça, no município de São Miguel do Tapuio, uma situação precária. A fiscalização realizada em meados de setembro flagrou 83 irregularidades. A estrutura física é uma delas, com bastante mofo, pintura descascando em enfermarias, janelas e salas de atendimento e em corredores; infiltrações em grande parte do teto. Cerâmicas de algumas enfermarias e salas estavam caindo das paredes. Na Sala de Nebulização/Observação havia mofo nas paredes, cadeiras quebradas, pia com ferrugem, maca sem cobertor, entre outras irregularidades. Algumas fiações expostas, com tomadas e interruptores soltos, com risco de choque elétrico. Um dos carrinhos de parada cardiovascular não estava lacrado. Banheiros de enfermaria sem acessibilidade, apresentando infiltrações, paredes deterioradas, pia de água apresentando vazamento. A lavanderia estava fora dos protocolos. A parte positiva é que a farmácia estava bem abastecida de medicamentos e o atendimento médico feito de forma regular e de maneira organizada

No Hospital João Luís de Moraes, no município de Demerval Lobão, em vistoria realizada em setembro, foram apontadas 44 irregularidades e feitas 23 recomendações pelos fiscais. Na Área obstétrica CPN – exclusiva para atendimento por enfermeiro obstetra, estava sem atendimento médico no momento da vistoria. Não há área especifica para necrotério e é usada para esse fim uma sala do setor de isolamento. O material de uso hospitalar contaminado ou não, que deveria ser descartado segundo protocolos de higiene e segurança, estava ocupando área do quintal e sem destino definido. O hospital não conta com atendimento de emergências em casos de cirurgia, apenas cirurgias eletivas. A unidade também se encontrava em processo de adquirir aval da Vigilância Sanitária e Corpo de Bombeiros.

Os relatórios técnicos foram encaminhados para as autoridades dos hospitais, da Sesapi e do Ministério Público Estadual para as devidas providências.

Por CRM-PI

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