Neste mês de julho, conselheiros fiscais do CRM-PI fiscalizaram todas as maternidades de Teresina, incluindo a Dona Evangelina Rosa, que é gerida pelo Estado, e é a maior do Piauí, com capacidade para atendimentos de alta complexidade.

As maternidades que funcionam na capital Teresina e são geridas pelo município, por meio da Fundação Municipal de Saúde (FMS), são: CIAMCA, que fica no bairro Dirceu Arcoverde, a do Satélite, a do Promorar e a do Buenos Aires, estas situadas nos bairros de mesmo nome.

A secretária geral do CRM-PI, Drª Aura Brandão, e o médico fiscal do Conselho, Dr. Juarez Holanda, fizeram vistoria recente na Maternidade do Satélite. Um dos pontos positivos é que a farmácia estava com estoque completo das medicações obrigatórias e o exame de cardiotocografia, que coleta as informações sobre o feto, ainda na barriga da mãe, estava funcionando normalmente. No entanto, a unidade se encontrava sem internet e por isso o sistema de prontuário estava fora do ar; outra falha é que há dificuldade na realização de exames de ultrassom, tendo que encaminhar as pacientes internadas para outros hospitais para a realização do exame, além de algumas infiltrações no teto.

Na Maternidade do CIAMCA, que teve a vistoria realizada pelo conselheiro Dr. Marcos Moraes e pelo médico fiscal Dr. Juarez Holanda, o CRM-PI também encontrou a farmácia com estoque satisfatório de medicamentos; porém, havia irregularidade nas escalas médicas, que se encontravam incompletas devido à ausência de feristas para cobrir plantões de médicos afastados. As escalas onde mais haviam falta de médicos foram na ala da obstetrícia e, principalmente, na neonatologia.

Outra irregularidade no CIAMCA é que a UTI neonatal estava com déficit de bomba de infusão contínua, aparelho responsável pela administração de fluidos e medicações nos recém-nascidos e também déficit de perfusores, que também é essencial para a administração de medicações em pacientes de UTI.

Na Maternidade do Promorar, vários problemas foram detectados na fiscalização realizada com a presença do presidente, Dr. João Moura Fé, do vice-presidente, Dr. Raimundo Sá e do corregedor, Dr. Ricardo Paranaguá. As enfermarias lotadas, sem climatização, sem privacidade e com condições ruins de limpeza e conservação; os banheiros estão com problemas hidráulicos, poltronas e macas em mal estado de conservação. As pacientes são prejudicadas por problemas de exames de ultrassonografia, assim como na unidade do Satélite.

Além disso, há falta de medicamentos como noripurum injetável, morfina e até imunoglobulina anti-Rh, todos essenciais ao bom funcionamento da maternidade. A Maternidade do Promorar também não conta com transdutor para ultrassonografia transvaginal e é constante a falta de bisturi elétrico, há cerca de 2 anos. Na parte externa, infestação de pombos, principalmente na área dos motores de ar condicionado e telhado, com presença de ninhos e fezes dessas aves.

Na Maternidade do Buenos Aires, que fica na zona norte, no momento da vistoria, que teve a presença do Dr. Moura Fé, Dr. Raimundo Sá e do Dr. Marcos Moraes,  a farmácia estava com estoque satisfatório, não havia lotação nas enfermarias, encontrando-se em boas condições de funcionamento, sendo a única maternidade municipal onde é realizado o Teste do Olhinho, capaz de detectar várias doenças oculares, como a retinopatia da prematuridade e graus severos de miopia, hipermetropia ou estrabismo. Lá também são realizados os testes da orelhinha e do pezinho. Alguns aparelhos de ar condicionado estavam sem funcionar. O diretor da maternidade, Dr. Atêncio Queiroga, informou que os aparelhos de ar foram adquiridos, mas falta a empresa responsável marcar a data de instalação.

O CRM enviará os relatórios técnicos para os diretores de todas as maternidades e para o presidente da FMS, Dr. Ítalo Costa, para que as irregularidades sejam sanadas em um prazo de até 30 dias.


CRM-PI

 

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