O Maio Roxo é uma campanha conscientizar sobre as doenças inflamatórias intestinais (DIIs). A campanha tem como meta informar mais e mais pessoas para a necessidade de se falar mais sobre doenças inflamatórias intestinais como a retocolite ulcerativa e a doença de Crohn. Ambas são crônicas e a principal diferença entre elas é a extensão das inflamações: enquanto na doença de Crohn o trato gastrointestinal todo pode ser afetado; na retocolite, as inflamações se concentram no intestino.

Ainda sem causa comprovada, as doenças inflamatórias intestinais (DII) podem estar ligadas a fatores hereditários e imunológicos, podendo ser agravadas pelos hábitos de vida. Atingem ambos os sexos indistintamente e o diagnóstico acontece geralmente por volta da terceira década de vida. Ambas as formas da doença podem ter manifestações extraintestinais, como problemas oculares, articulares, pele, vias biliares e fígado. Nestes últimos, muitas vezes há necessidade de transplantes do fígado. Na dependência das características dos sintomas, especialmente sangramento, podem ser confundidas com hemorroidas.

A doença de Crohn pode se manifestar em qualquer parte do tubo digestivo (da boca ao ânus), sendo mais comum no final do intestino delgado e do grosso. Entre os sintomas principais estão diarreia, sangue nas fezes, anemia, dor no abdome, perda de peso e febre. Mais raramente há estomatites (inflamações na boca). Também pode atingir pele, articulações, olhos, fígado e vasos. A doença mescla crises agudas recorrentes, leves a graves, e períodos de ausência de sintomas. O diagnóstico é feito por meio da colonoscopia com biópsia. Outros exames como radiografia do abdome, exame contrastado do intestino delgado, tomografia computadorizada, ressonância magnética, cápsula endoscópica e exames laboratoriais, na dependência dos sintomas, auxiliam na identificação das alterações típicas.

A retocolite ulcerativa inespecífica caracteriza-se por inflamação da mucosa do intestino grosso, apresentando diarreia crônica com sangue e anemia. O reto quase sempre está afetado, sendo às vezes o único segmento. Não há lesões no intestino delgado, o que constitui característica da doença, muitas vezes sendo o fator primordial para diferenciá-la da doença de Crohn. A inflamação pode vir a se tornar muito grave, com hemorragias maciças e perfuração intestinal, necessitando de cirurgias de urgência. O diagnóstico é feito principalmente pela colonoscopia com biópsias.

FONTE: Sociedade Brasileira de Coloproctologia e MS

CRM-PI

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